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sábado, 3 de outubro de 2009

Conhecimento, engano, justificação e verdade

Tempo salvando a Verdade da Falsidade, de Françoise Lemoyne (1737)


O diálogo que se segue deveria ser lido em conjunto com a postagem O conceito de conhecimento. Ele nasceu de agradáveis conversas com vários amigos, sem os quais ele teria ficado pior do que está. Dentre esses amigos estão Luiz Eva, Tiago Falkenbach, Lúcio Lobo, Eros Moreira e Flávio Williges. (Revisado em 08/10/09.)

A: Sei que chove.

B: Então não podes estar enganado.

A: Não posso? Ou não estou?

B: Não estás e não podes estar.

A: Eu somente não estou enganado quando não posso estar enganado?

B: Bem, o fato é que se sabes, não podes estar enganado. Se estás enganado, então é porque crês que chove e não está chovendo. E se não está chovendo, então não sabes que chove. O conhecimento implica a verdade da crença que se alega saber ser verdadeira e o engano implica a falsidade da crença que se alega saber ser verdadeira

A: Concordo. Mas o que queres dizer poderia ser dito também assim: necessariamente, se sei que chove, não estou enganado.

B: Bem, sim.

A: Mas essa última formulação é mais fraca que a anterior.

B: Mais fraca? Que queres dizer?

A: Quero dizer que ela não tem certa implicação problemática que a anterior tem.

B: Qual implicação?

A: A afirmação "Se sei, não posso estar enganado" implica que sempre que for possível que eu esteja enganado, não sei. Mas a afirmação "Necessariamente, se sei, não estou enganado" não tem essa implicação. Ela implica apenas que, necessariamente, se estou enganado, não sei.

B: Mas tu não concordas que se posso estar enganado, então não sei?

A: Claro que não.

B: "Claro que não"? Como é possível que eu esteja enganado e saiba?

A: Mas não foi isso que eu disse. Veja, uma coisa é dizer que é possível que eu esteja enganado e saiba, outra muito diferente é dizer que sei e poderia estar enganado. Se estivesse enganado, então não saberia, pois, necessariamente, se sei, não estou enganado. Mas o fato de eu saber não torna meu engano uma impossibilidade lógica. Aqui ocorre algo análogo ao que ocorre em outros âmbitos. O fato de chover agora não torna o não chover agora uma impossibilidade lógica. Ou seja, mesmo que "Chove" seja agora verdadeira, não é necessariamente verdadeira. Analogamente, mesmo que "Sei que chove" seja agora verdadeira, não é necessariamente verdadeira.

B: Mas veja, se eu posso estar enganado agora, como posso agora saber? Isso não implica que posso saber e estar enganado agora?

A: Mas não estou dizendo que, agora, posso estar enganado e saber. Estou dizendo que, mesmo que eu agora saiba, eu poderia estar enganado. Ou seja, se agora sei, isso não se deve ao fato de ser uma impossibilidade lógica que agora eu não saiba.

B: Bem, com isso eu concordo.

A: Mas é justamente por isso que é enganador dizer "Se sei, não posso estar enganado". Se essa frase diz apenas o mesmo que "Necessariamente, se sei, não estou enganado", então tudo bem. Mas se por meio dela somos levados a crer que somente sabemos quando o engano é uma impossibilidade lógica, então somos levados a crer em algo falso.

B: Hum, ok. Mas tu tens que concordar que a possibilidade de eu estar enganado está excluída pelo fato de eu saber, não?

A: Se com isso queres dizer que o meu saber e o meu estar enganado são estados de coisas incompatíveis, concordo. Mas, novamente, tua formulação é uma maneira enganadora de se dizer isso.

B: Por que?

A: Porque sugere fortemente que somente podemos saber se mostrarmos que não é possível que estejamos enganados.

B: Mas não é isso que fazemos quando nossa alegação de conhecimento é verdadeira?

A: Claro que não. O que fazemos é mostrar que não estamos enganados, não que não é possível que estejamos enganados. Novamente, aqui ocorre algo análogo ao que ocorre em outros âmbitos: para nos convencermos de que chove agora, não precisamos mostrar que não chover agora é uma impossibilidade lógica.

B: Mas veja, se estou convencido de que sei, então a possibilidade de que eu esteja enganado não pode ficar aberta para mim.

A: Se com isso queres dizer que estar convencido de que sei implica estar convencido de que a possibilidade de eu estar enganado não é uma atualidade, então concordo. Mas ela não deixa de ser uma possibilidade para mim apenas porque estou convencido de que não é uma atualidade.

B: Bem, sim, mas não é isso que estou querendo dizer. O que quero dizer é que todas as possibilidades incompatíveis com meu saber devem ser descartadas por aquilo que me convence de que sei. Por exemplo: se sei que chove e isso é incompatível com eu estar dormindo, então o que me convence de que sei é algo que descarta a possibilidade de eu estar dormindo, ou seja, é algo que me convence de que essa possibilidade não é o caso.

A: Estás dizendo que algo somente me convence de que sei que está chovendo, somente justifica minha alegação de conhecimento, se me convence antes de que todas as possibilidades incompatíveis com eu saber que chove não são o caso?

B: Bem, ao menos todas as possibilidades incompatíveis conhecidas.

A: Ou seja, se alego saber que p e sei que p implica não-q, então o que quer que justifique minha crença que p deve fazê-lo justificando minha crença que não-q. É isso?

B: Isso mesmo. Por exemplo: se não tens justificação para crer que não estás sonhando, então não tens justificação para crer que chove.

A: Mas por que a justificação que tenho para crer que chove, por exemplo, estar olhando pela janela e vendo pingos caírem do céu, etc., não é suficiente para crer que não estou sonhando?

B: Porque essa justificação é compatível com a possibilidade de eu estar sonhando.

A: Então uma justificação para crer que chove é algo que implica logicamente que chove, certo? Pois se minha justificação para crer que chove deve ser incompatível com todas as possibilidades incompatíveis com minha crença, então não é possível que essa justificação seja verdadeira e minha crença seja falsa, ou seja, minha justificação implica logicamente minha crença.[nota 1]

B: Correto.

A: Não quero negar que quando essa exigência está satisfeita, então sei. Mas de onde vem a crença de que essa exigência deve estar satisfeita em qualquer caso de conhecimento? Creio que ela vem justamente do mal-entendido ligado à frase "Se sei, não posso estar enganado" apresentado anteriormente.

B: Qual mal-entendido?

A: O de inferir (2) "Se sei, não posso estar enganado" de (1) "Necessariamente, se sei, não estou enganado". (2) parece plausível porque (1) é plausível e (2) parece ser implicada por (1). Mas (2) não é implicada por (1) e nosso conceito de conhecimento não nos compromete com (2), mas apenas a (1).

B: Não concordo. Creio que nosso conceito de conhecimento nos compromete com (2).

A: Deixe-me tentar mostrar que estás enganado.

B: Podes tentar. Mas duvido que consigas.

A: OK, mas me siga com atenção.

B: Estou atento.

A: Em primeiro lugar, vamos ver quais seriam os desiderata de uma boa teoria do conhecimento.

B: OK.

A: Um deles é acomodar a assim chamada definição tradicional de conhecimento, a saber, que um sujeito S sabe que p se e somente se (1) S crê que p, (2) é verdade que p e (3) S está justificado ao crer que p.

B: Concordo. Se isso puder ser feito, tanto melhor.

A: Outro desideratum é não conflitar com a facticidade do conhecimento, isto é, com a tese que, se sei que p, então p.

B: Sim, claro.

A: Por fim, uma boa teoria do conhecimento deve mostrar como o conhecimento é diferente de uma adivinhação sortuda. Mesmo que a sorte possa ter algum papel na aquisição de conhecimento, não pode ser **apenas** por sorte que se obtém conhecimento. Se alguém apostar na Mega-Sena um conjunto de números que escolheu olhando para as placas dos carros que estavam estacionados em frente à casa lotérica e acertar, não vamos dizer que ele sabia quais números seriam sorteados.

B: Também concordo com isso.

A: Podemos descrever tua posição como a de alguém que sustenta que o conhecimento tem uma quarta condição, além das três tradicionais. Essa condição descreveria uma relação entres as condições (2) e (3), a saber, (4) a condição (3) implica logicamente a condição (2).

B: Ela poderia ser descrita também como a de alguém que sustenta uma tese sobre a condição (3), e não uma quarta condição. Mas a escolha entre as duas descrições é mesmo meio arbitrária.

A: Sim. Bem, eu não vou apresentar uma teoria do conhecimento. O que vou fazer é mostrar que uma teoria do conhecimento que negue (4) não necessariamente precisa desistir de um dos três desiderata listados há pouco.

B: Não vejo como.

A: Veja bem, se a definição tradicional de conhecimento está correta, então se as condições (1)-(3) estão satisfeitas, então há conhecimento. E se há conhecimento e o conhecimento é factivo, então aquilo que se sabe é o caso. Mas, se (4) é falsa, o conhecimento é factivo não porque (3) implica logicamente (2), mas porque, trivialmente, se as condições (1)-(3) estão satisfeitas, assim está uma delas, a saber, a condição (2).

B: Como assim?

A: Suponha que S sabe que chove. Se S sabe que chove, então S crê que chove, é verdade que chove e S está justificado ao crer que chove. Logo, se S sabe que chove, então é verdade que chove.

B: Sim, mas isso só é o caso se a justificação para S crer que chove implicar que é verdade que chove.

A: Bem, sei que essa é tua tese. Mas, como acabei de mostrar, negá-la não implica negar a tese da facticidade do conhecimento, tampouco implica negar a definição tradicional de conhecimento. A facticidade do conhecimento é uma conseqüência trivial da definição tradicional de conhecimento.

B: Mas se negamos (4), então é possível que haja duas pessoas S1 e S2 tais que, em tempos diferentes, t1 e t2, respectivamente, S1 e S2 crêem que chove e estão igualmente justificados ao crerem que chove, mas, enquanto S1 sabe que chove, porque em t1 é verdade que chove, S2 não sabe que chove, pois em t2 não é verdade que chove.

A: Sim, é graças à natureza que sabemos alguma coisa. [nota 2]

B: Mas então não temos como distinguir entre conhecimento e adivinhação sortuda! S1 sabe que p porque tem a sorte de ser verdade que p em t1. E S2 não sabe que p porque tem o azar de não ser verdade que p em t2.

A: Não. Esse é um falso dilema. Não é o caso que ou (3) implica logicamente (2), ou o conhecimento é adivinhação sortuda. E podemos ver que se trata de um falso dilema se notarmos que o que justifica a crença de S que chove pode ser algo que, embora não implique logicamente que chove, é um processo tal que gera muito mais crenças verdadeiras do que falsas, muito mais do que a média de acertos por adivinhação sortuda. Trata-se, portanto, de um processo confiável de geração de crenças. Se tanto S2 quanto S1 geraram a crença que chove por meio de um processo confiável, então a justificação de ambos é suficiente para o conhecimento, se combinada com a verdade de sua crença. S2 realmente teve má sorte. Mas S1 não sabe apenas porque teve boa sorte.

B: Mas então aquilo que justifica a crença fornece um apoio indutivo para ela?

A: Sim. Não estou dizendo que é sempre assim, mas que pode ser assim, ou seja, que não precisa sempre implicar logicamente a verdade da crença.

B: Mas o apoio indutivo admite graus e o conhecimento não os admite. Se estivesses correto, então o conhecimento admitiria graus. Não entendo isso. Se sei que chove, então não posso vir a saber mais que chove.

A: Mas por que não posso vir a saber mais que chove? Não dizemos às vezes "Tu sabes melhor que eu que…" ou "Tu sabes bem que…"? E aqui quero apontar para um outro desideratum de uma boa teoria do conhecimento, que não mencionei antes porque é mais problemático que os demais: uma boa teoria do conhecimento não deve entrar em conflito com nossos critérios ordinários para a atribuição de conhecimento. Nenhuma teoria que assuma (4) pode satisfazer esse desideratum. Ordinariamente admitimos graus de conhecimento, pois admitimos graus para a justificação.

B: Tanto pior para nossos critérios ordinários de conhecimento. Isso apenas mostra que eles são insuficientes para o conhecimento.

A: Como sabes? Se não podes apelar para nossos critérios ordinários de atribuição de conhecimento, como sabes que nosso conceito de conhecimento é tal que tais critérios não são suficientes para ele? Como sabes que o conhecimento não admite graus? [nota 3]

B: ...

[a ser continuado...]
___________

[nota 1] "…não podemos afirmar que S sabe que p (onde p é uma proposição qualquer) a menos que sejam satisfeitas as seguintes condições: (1 ª) S acredita que p; (2ª) p é verdadeira e (3ª) S tem boas razões para acreditar que p. […] O que significa com efeito 'ser uma boa razão' nesse caso? O candidato mais célebre -- e o mais domesticado -- a parafrasear essa expressão é 'implica logicamente'. E de fato penso que ninguém poria em dúvida que alguém sabe que p quando ele acredita que p é verdadeira, ele sabe que r, r implica logicamente p (ou, inversamente, p é dedutível de r) e, por último, ele sabe que r implica logicamente p." Barbosa Filho, Balthazar, "Saber, Fazer e Tempo", em E. Da Rocha Marques et al (org.), Verdade, Conhecimento e Ação, São Paulo: Loyola, 1999, p. 16. Quando o Prof. Balthazar fala que "ninguém poria em dúvida…", ele parece estar dizendo que é uma condição apenas suficiente para o conhecimento que a condição (3) implique a condição (2). Mas quando ele fala de "paráfrase", não há dúvida que ele está considerando-a uma condição necessária.

[nota 2] Wittgenstein afirma algo semelhante em Sobre a Certeza: "É sempre por um favor da natureza que sabe-se alguma coisa" (§505)


9 comentários:

  1. Alexandre,

    Tua formulação é brilhante e sugere várias questões importantes.

    Vou me deter num aspecto que tem me interessado especialmente em virtude das suas consequências para a ideia de "autoconhecimento" e de "racionalidade", a saber: parece que é uma CONDIÇÃO NECESSÁRIA para que discutamos a justificação (e a reivindicação de verdade e conhecimento para as crenças), que o sujeito-S "conheça o conteúdo da crença", ou melhor, que "S conheça o conteúdo de p". Se essa cláusula de transparência não é pressuposta, para muitos (como Boghossian) não faz sentido falar de justificação.

    O grande problema é que há um intenso debate filosófico sobre essa "transparência do conteúdo" - a rigor, o externismo semântico feriu mortalmente a transparência.

    E se, de fato, nossas crenças não são transparentes, ainda assim poderíamos falar de justificação? Se não temos um conhecimento (alguns diriam, "acesso") transparente às nossas crenças a idéia de justificação seria algo muito fraco (o que temos razões para acreditar...) - e não pareceria em nada com uma boa Episteologia.

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  2. Waldomiro: Obrigado pelo comentário. O Eros e, depois, o Luiz me sugeriram continuar o diálogo explorando a tensão entre internismo e externismo. Tua pergunta vem a se somar com essa sugestão. Mas, de qualquer forma, eu já estava planejando isso quando escrevia o diálogo.

    Não sou especialista no assunto, como bem sabes. Mas o que estou inclinado a dizer agora é que parece que em alguns casos, pelo menos, o conteúdo deve ser transparente. A opacidade generalizada parece levar a problemas para a posse de conceitos. Mas não vejo por que devamos sustentar a tese geral da transparência. O que é necessário para a racionalidade é que o sujeito saiba "seguir as regras" constitutivas dos conceitos. Mas disso não se segue, sem argumento adicional, que, em todos os casos, ele saiba que segue... Mas vou pensar melhor no assunto.

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  3. Por enquanto estou concordando com A. Costumo não gostar deste estilo de exposição, mas desta vez foi excessão. Ótima apresentação das questões.

    Será interessante trabalhar esta questão da gradatividade do conhecimento. Por ora penso que o melhor tratamento epistêmico que podemos dar para a ciência (melhor em termos de estar conformado ao que é qualificado pela atribuição de 'científico') siga por este caminho.

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  4. Greg: Obrigado. Eu também concordo com A! :-) Mas esse é só o começo da conversa...

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  5. Espero não ser inconveniente, mas seria possível associar a discussão sobre o acesso independente à realidade (concernente à teoria da verdade como correspondência) no assunto deste diálogo?
    [veja-se, por exemplo, http://plato.stanford.edu/entries/truth-correspondence/#9.2 ]

    Fiquei curioso também sobre onde entra a racionalidade nessa discussão.

    Ps. Sou estudante de graduação em filosofia e tenho dois posts recentes em meu blog sobre o assunto da verdade e sobre a racionalidade. Gostaria de ter uma visão mais ampla destas questões.

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  6. Fischborn: Não sei se entendi tuas perguntas. Poderias ser mais específico?

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  7. Olá. Ficou obscura a pergunta.

    Quando à racionalidade vi os comentários acima, mas não sei como o post se relaciona com o tema. Mas isso era apenas uma curiosidade...

    Quanto a verdade como correspondência e o conteúdo do post. Há uma objeção (apresentada na Enciclopédia Stanford, p. ex.) de que, por não haver uma maneira de acessar a realidade independentemente de nossa mente, não poderíamos averiguar a ocorrência da correspondência entre nossos pensamentos e o mundo. Isso poderia ser interpretado como conduzindo a um ceticismo. (Não poderíamos Saber que uma crença ou pensamento é verdadeiro, e isso deveria ser exigido para haver conhecimento).

    Outra forma de ver isso seria dizer que não temos mesmo o acesso independente à realidade, mas que ele não é necessário para que haja conhecimento. Se temos uma crença com justificação, então se ela é verdadeira, temos conhecimento.

    Não sei se este tema pode vincular-se ao tema do post. A possibilidade de sim seria se houvesse um "acesso independente" e uma dada crença corresponde, então é impossível ser falsa (impossível o engano). Sobre isso queria saber o que achas.

    O outro caso seria o de admitir que não há o acesso independente. Neste caso se é verdadeiro (e temos justificação), então temos conhecimento (não estamos enganados).

    Espero ter me aclarado mais agora.
    Obrigado pela atenção.

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  8. Interessante. Gostei muito do formato de diálogo. Eu já daria sugestões de cenário e etc... hehe, poderia se tornar um curta filosófico algum dia.
    Só fiquei com uma dúvida (como a gradatividade do conhecimento não foi tratada no diálogo, acho que estou sendo afoito, mas vamos lá) que é a seguinte: em termos lógicos, é fácil entender a posição que, para que ocorra o conhecimento, não pode haver a possibilidade de engano. Mas como é possível NÃO levar em conta a noção ordinária de conhecimento, de que não é possível uma justificativa absolutamente eficiente, que nos leva à verdade sem a mínima margem de erro?

    Penso que o ceticismo exagerado é problemático em vários sentidos - e quando se aproxima da lógica ou da matemática ele é por vezes obtuso e ignorante - mas o ceticismo moderado não só é desejável, mas é imprescindível para o processo filosófico.

    Mas enfim, quando puder, continue o diálogo, professor. Foi uma ótima idéia.

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  9. Paulo: Obrigado. Mas não sei se entendi teus comentários sobre a gradatividade do conhecimento.

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