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sexta-feira, 2 de maio de 2008
Autoridade da Primeira Pessoa
Dorit Bar-On, em "Avowals and First Person Privilege" (Philosophy and Phenomenological Reasearch, vol. 62, n. 2, 2001, pp. 311-35), chama atenção para um importante aspecto do nosso modo ordinário de tratar as auto-atribuições de estados mentais: a autoridade da primeira pessoa não é como a autoridade que atribuímos a especialistas em um determinado assunto. A autoridade de um especialista é contingente: é possível ser um usuário competente e sincero da linguagem na qual se atribui as propriedades que são objeto de conhecimento do especialista sem ser um especialista. Um usuário competente de "F" pode não ser confiável para decidir se algo é ou não é F. Mas nosso tratamento ordinário das auto-atribuições de estados mentais tende a eliminar essa possibilidade. Um sujeito cujas auto-atribuições parecessem ser sistematicamente falsas seria, na verdade, alguém que não é competente no uso da linguagem por meio da qual ele realiza essas auto-atribuições (p. 319).
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