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quinta-feira, 17 de maio de 2007

Da Zombaria e Ridicularização


Zombaria e ridicularização repousam numa falsa opinião e indicam uma imperfeição naquele que zomba e ridiculariza.
[...]
Elas indicam imperfeição naquele que zomba porque ou o que sofre zombaria é ridículo ou não é. Se não é, a zombaria mostra que ele tem má natureza, zombando de quem não merece ser zombado. Se é ridículo, então a zombaria mostra que ele reconhece naquele que sofre zombaria uma imperfeição, que ele deve melhorar com boas razões, não com zombaria.

-- B. Espinosa (Breve Tratado, II, xi)

2 comentários:

  1. É verdade que ridículo só se pode ser ou não ser?
    (Pode ser idiota, talvez eu esteja contrariando que quem não é ridículo, não é ridículo, mas veja se faz sentido mesmo afirmar que é ou não é. [Tá, é o princípio do terceiro excluído, mas esse é um nome, somente.])

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  2. Caro Fischer,

    mesmo que em alguns casos seja indeterminado se alguém é ridículo, o que Espninosa está dizendo depende apenas de se considerar os casos determinados. Em um caso indeterminado, deveríamos suspender nosso juízo sobre se a pessoa em questão é ou não ridícula. E se fizermos isso, evitaremos o erro de zombar ou ridicularizar quem não merece.

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