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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Uma breve introdução à filosofia


Nagel, Thomas.
Uma Breve Introdução à Filosofia.
(São Paulo: Marttns Fontes, 2011)
Certa vez estava iniciando a escrever um livro de introdução à filosofia quando me deparei com este livro. Percebi que o livro que eu queria escrever já tinha sido escrito e de uma forma melhor que eu poderia escrever. Esse é o melhor livro de introdução à filosofia que conheço dedicado a um leitor que não saiba nada sobre o assunto. Ele é ideal para ser usado em aulas do ensino médio e do primeiro ano de graduação em filosofia. Eis as razões pelas quais eu acho o melhor.

(1) É um texto que apresenta a filosofia como a prática de lidar com problemas filosóficos, apresentando alguns problemas e algumas maneiras de se lidar com eles. Ele deixa claro que a filosofia se faz principalmente por meio de argumentos.

(2) Raramente cita o nome de um filósofo famoso, pois para entender um problema filosófico e o modo como se lida com ele não é necessário saber quem o formulou ou quem lidou com ele. Não há nenhuma erudição desnecessária sobre a história da filosofia no livro.

(3) Não possui uma nota de rodapé sequer, tornado o texto mais fluído e concentrado a atenção nos problemas e maneiras de se lidar com ele.

(4) É um livro conciso, que vai direto ao ponto e se limita a dizer o essencial sobre alguns dos mais importantes problemas da filosofia.

(5) É escrito de forma clara, com uma linguagem o menos técnica possível, para facilitar a compreensão de quem ainda não domina nenhum vocabulário técnico da filosofia.

O título original do livro é: What does it all mean? A very short introduction to philosophy.

No site da Crítica pode-se ler uma pequena resenha da edição portuguesa do livro escrita por Desidério Murcho.

O link do livro na legenda da foto é para a livraria da editora. Mas ele pode ser encontrado bem mais barato em outras lojas.

Eis o índice do livro e os links para um trecho da introdução e para o capítulo 7, sobre filosofia moral ou ética.

1. Introdução
2. Como sabemos alguma coisa?
3. Outras mentes
4. O problema mente-corpo
5. O significado das palavras
6. Livre-arbítrio
7. Certo e errado
8. Justiça
9. Morte
10. O significado da vida

7 comentários:

  1. Eu fico curioso quando vejo essa tendência de limitar a prática filosófica ao pensar os problemas a partir do nada,sem referência à tradição.Ora,todos,ou a grande maioria,os filósofos começaram as suas investigações em relação a um pensamento ou conhecimento constituído.

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  2. Esqueci de comentar antes o seguinte:também acho essa obra de Thomas Nagel uma bela introdução,embora com a ressalva que fiz antes.

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  3. Ezequiel: Se a formulação de problemas e os diferentes modos de se lidar com eles legados pela tradição filosófica são nada, então não sei o que é alguma coisa. Nem Nagel em eu dizemos que a história da filosofia não tem importância. Para o que EU penso acerca da sua importância, ver a postagem cujo link já está disponível no texto principal da postagem: http://problemasfilosoficos.blogspot.com.br/2008/06/histria-da-filosofia-exegese-e.html

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    1. Não disse que para o autor e o sr. a história da filosofia não tem importância. Só não acho que os problemas da filosofia surjam de modo natural. Porém, a perspectiva de Nagel é interessante, conforme a "Introdução" do livro(que,aliás,comprei ontem...).De fato,temas relativos a Deus,à moral,ao conhecimento,à realidade,ao poder,etc.,cedo ou tarde se nos apresentam.O filósofo,por sua vez,elabora as questões e as responde de uma forma mais refinada.Gostaria de ver o seu texto sobre a história da filosofia,mas não consegui abrir a página.Obrigado...Até mais.

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    2. Qual razão apara achar que ao menos alguns problemas filosóficos não surgem de modo natural? As evidências empíricas mostram justamente o contrário.

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  4. Respostas
    1. Em inglês, sim: http://xa.yimg.com/kq/groups/19143263/1413421300/name/What+does+it+all+mean+-+Nagel.pdf

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