Cena do filme Detachment (Imagem sugerida por Edy) |
O privilégio da quantidade em detrimento da qualidade vai fomentando uma mentalidade enciclopedista, em que a erudição é confundida com inteligência. Mas, no limite, se um aluno estudar com qualidade, exercitando sua capacidade de pensar criteriosamente, mesmo que se forme com base em um currículo pouco variegado, mas mínimo, essa pouca quantidade não vai ser problema signiticativo. A internet está repleta de conteúdo de muito boa qualidade* (embora cheia de coisas de péssima qualidade tb)! São livros, artigos, palestras, video-aulas, entrevistas, cursos de línguas, etc. É claro que a possibilidade de interagir com as pessoas em palestras e outros eventos, fazendo perguntas, por exemplo, é uma diferencial dessas atividades presenciais. Mas, em primeiro lugar, qual a percentagem dos que fazem isso? Muitíssimo pequena! Em segundo lugar, poder interagir dessa forma é a cereja no bolo, não a atividade fim na formação. No limite, se o conteúdo já disponível na internet e o pouco oferecido por um currículo pequeno fossem bem aproveitados, não ter essa interação não seria um problema significativo na formação.
Essa não é uma nota contra a quantidade, mas contra o privilégio da quantidade em detrimento da qualidade. Meu ponto é: essa ânsia por quantidade não seria tão grande se a qualidade fosse melhor.
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* Criei um blog que dá mais substância a essa afirmação: Guia do Filósofo Aprendiz na Internet.
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