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quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Genocídio de Ruanda

Estima-se que o holocausto tenha vitimado 6 milhões de judeus na segunda guerra mundial (as letras minúsculas são propositais). A segunda guerra mundial iniciou-se em 1939 e terminou em 1945. Em Ruanda, um pequeno pais no centro da África, um milhão de pessoas (a maioria da etnia Tutsi) foram mortas em aproximadamente 100 dias, por volta de abril de 1994. Proporcionalmente, foi um genocídio quatro vezes maior que o holocausto. A maior parte das mortes foi realizada a golpes de facão. A ONU realizou uma operação bem sucedida para retirar os cidadãos estrangeiros do pais naquela ocasião, principalmente americanos e belgas. Os belgas foram os antigos coloniziadores (leia-se "exploradores" ou "sangue-sugas") de Ruanda. Mas o que a ONU fez para parar o massacre? Nada! Absolutamente NADA! Por quê? Na minha ignorância eu presumo que isso se deve ao fato de Ruanda não ter importância política ou econômica para as grandes nações. Se Ruanda fosse como o Kwait, montada num colchão de petróleo, a história provavelmente seria diferente. Acho que o fato de os habitantes de Raunda serem negros deve ter algo a ver com isso. Um milhão de pessoas em 100 dias! Dez vezes cem mil pessoas em cem dias. O que os EUA fez após a segunda guerra mundial? O plano Marshall. O que se fez com Ruanda após o massacre? Comparado ao plano Marshall? Nada! Existe um vídeo da secretária de defesa dos EUA à época do genocídio comicamente tentando argumentar que não havia razões para se julgar que houve um genocídio em Ruanda, de acordo com certas convenções internacionais sobre a definição de "genocídio". É uma cena simplesmente patética, de causar náuseas a qualquer sujeito dotado de bom senso moral. Gostaria de dizer mais coisas sobre isso. Mas não quero ferir a sensibilidade de ninguém. Mas achei que deveria ao menos registrar esses fatos, para o caso de alguém ainda não os conhecer.

7 comentários:

  1. Muito bom. Postei no Newsvine, no Linkk e no Animot.

    Tens o enlace para o vídeo da Madeleine Albright?

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  2. O filme "Hotel Ruanda" é um excelente filme sobre esse assunto. Os extras contidos no DVD mostram testemunnhos de algumas pessoas que viveram a história contada pelo filme, inclusive o gerente do Hotel, interpretado de maneira brilhante pelo ator Don Cheadle.

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  3. "Hotel Ruanda" é mesmo excelente. Há um outro também excelente: "Aconteceu em abril" (Sometimes in april). Acho que as perguntas que esses filmes imediatamente colocam são: o que estávamos fazendo em abril de 94? Como esses fatos podem ter passado tão desapercebidos pelo grande público?

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  4. Primeiramente te agradeço. Não podemos deixar aquela tragédia caia no esquecimento. É preciso falar, escrever, pensar. Assim como se diz com relação ao holocausto: não podemos deixar que aconteça novamente. A invisibilidade do genocídio, por si só já fere. 1 milhão de seres humanos mortos em 100 dias e o mundo calado. Li seu blog pois estou juntando algum material para uma postagem que farei até sábado, quando se "comemora" mais um ano do início do massacre.

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  5. Penso que todo ser humano devia estar ciente deste fato e sentir vergonha! Temos uma péssima mania de achar que os EUA tem que resolver tudo! Eles não são donos da ONU e temos que cobrar isso! Tenho certeza que na época, tivemos acesso as notícias de Ruanda, ficamos chocados... e só. Acho que devemos mudar nossa postura, gritar daqui para ser escutado no mundo, pois ontem foi Ruanda mas problemas ainda acontecem... Temos que ter uma postura de prevenção e justiça.

    Saudações,

    Bruna Knauft (UJS)

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  6. Sim, os EUA não devem resolver tudo e nem são donos da ONU, oficilamente ao menos. Meu comentário foi apenas para apontar a diferença de atitude dos EUA conforme a importância política e/ou econômica de uma nação que esteja em dificuldades. Na prática os EUA faz o que quer e quando quer e a ONU não faz NADA para impedir! A humanitariamente desastrosa, porém finaceiramente lucrativa (para algumas empresas dos EUA), invasão do Iraque é um bom exemplo disso.

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