tag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.comments2023-09-14T22:37:25.306-03:00Problemas FilosóficosAlexandre N. Machadohttp://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comBlogger826125tag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-6774744555294997332023-06-02T18:57:18.054-03:002023-06-02T18:57:18.054-03:00Por nada!Por nada!Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-41776520222193386212023-05-11T17:28:39.700-03:002023-05-11T17:28:39.700-03:00Muito obrigado!Muito obrigado!Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-34017943835347439582023-05-11T17:23:43.011-03:002023-05-11T17:23:43.011-03:00Obrigado pelo comentário.Obrigado pelo comentário.Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-57814861134258756702023-05-04T14:00:37.690-03:002023-05-04T14:00:37.690-03:00Ótimo texto. Parabéns ao autor!Ótimo texto. Parabéns ao autor!Crhttps://www.blogger.com/profile/01035198898215838596noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-15483554534646871932023-03-24T22:00:22.174-03:002023-03-24T22:00:22.174-03:00A emoção costuma perturbar a razão!A emoção costuma perturbar a razão!Martz inurahttps://www.blogger.com/profile/06606356695572879358noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-62862878442407565852023-03-22T17:00:33.240-03:002023-03-22T17:00:33.240-03:00Muito obrigado pelo seu comentário e elogios. Mas ...Muito obrigado pelo seu comentário e elogios. Mas receio que tenho que discordar da tua definição de filosofia. Ela é muito restritiva. Há Ramos da filosofia em que o objeto de reflexão não é co conhecimento, tal como a ética, a filosofia política e a estética. Não que perguntas epistêmicas não sejam feitas nessas áreas. Elas são. Mas esse não é o ponto central dessas disciplinas.Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-35968203087223260862023-02-23T16:53:47.679-03:002023-02-23T16:53:47.679-03:00Não sei se entendi.Não sei se entendi.Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-89791012570741993062023-02-23T16:52:16.952-03:002023-02-23T16:52:16.952-03:00De fato, nos sonhos lúcidos, a pessoa crê que está...De fato, nos sonhos lúcidos, a pessoa crê que está sonhado durante o sonho. Mas dai não se segue que ela saiba que está sonhando.Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-32016522453700371292022-11-28T11:04:06.357-03:002022-11-28T11:04:06.357-03:00Se não me falha a memória, estão em "O Pensam...Se não me falha a memória, estão em "O Pensamento".Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-76810335593694277712022-11-28T11:00:44.232-03:002022-11-28T11:00:44.232-03:00Caro João. Obrigado pelo comentário. Em primeiro l...Caro João. Obrigado pelo comentário. Em primeiro lugar, a teoria da verdade como adequação ou correspondência é extremamente problemática. Exponho algumas dessas razões aqui: http://problemasfilosoficos.blogspot.com/2014/11/teorias-da-verdade.html Em segundo lugar, essa idéia da totalidade da verdade sobre algo me parece obscura. Qual é o critérios para essa totalidade? Se não há critério, como se pode afirmar que essa totalidade não pode ser conhecida? Em terceiro lugar, essa comparação das religiões às ciências me parece descabida. A religião não é um sistema de verdades justificadas cientificamente. As crenças religiosas são aceitas com base em qualquer coisa, menos em evidências científicas, objetivas. Por fim, a idéia de auto-evidência tb é obscura. Como uma proposição pode ser evidência para si mesma? O princípio de não-contradição, por exemplo, é evidência para si mesmo? Isso não seria circular?Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-19871164088586610102022-11-28T10:44:36.578-03:002022-11-28T10:44:36.578-03:00Impossível? Qual a justificação para essa afirmaçã...Impossível? Qual a justificação para essa afirmação modal?Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-45644109343595320352022-08-22T12:50:23.031-03:002022-08-22T12:50:23.031-03:00Continuação...
O que existem são graus de adequaç...Continuação...<br /><br />O que existem são graus de adequação entre o intelecto e a mente, gerando diferentes estados de espírito ou estados de inteligência diante da verdade (ignorância - ausência do conhecimento de uma verdade, por alguém; dúvida - considera uma verdade como sendo possível; opinião - considera uma verdade como sendo provável ou como tendo probabilidade; certeza absoluta com base na plena evidência). É claro que há certezas com base no mero senso comum e que não possuem sustentação quando ponderadas, comparadas, analisadas e submetidas a rigorosos critérios com base na racionalidade e na experiência. Não é sobre este tipo de certeza que falo (a do senso comum), mas sim a de um estado de certeza irrecusável e inegável para a inteligência. Tais certezas estão assentadas em verdades metafísicas evidentes por si em si e que possibilitam todo e quer conhecimento. É o caso, por exemplo, de verdades metafísicas como a que afirma que toda unidade é diversa da multiplicidade, ou a de que todo efeito possui uma causa, ou a de que algo não pode ser o seu contrário simultaneamente e sob o mesmo aspecto, ou de que o todo é maior do que a parte. Uma verdade é tanto mais evidente na medida em que sequer pode ser provada justamente por ser por demais evidente. Não posso "provar" que "a luz de uma sala está acesa", quando está acesa e quem duvida está dentro da mesma sala comigo em suas condições normais de visão e consciência (com boa visão, acordado, consciente e de olhos abertos). Tratar-se-ia de uma verdade tão evidente que dispensaria qualquer "prova" a respeito. Portanto, no conceito de adequação temos sim uma conpreensão a respeito da natureza da verdade (o que ela é). O fato é que a verdade é sempre objetiva. Tem sempre a ver com o intelecto que vai ao encontro do objeto e apreende suas notas essenciais. Não se deve negar, todavia, que haja a verdade relativa, situacionista, circunstancial e subjetiva, mas esta só é possível justamente por haver a verdade absoluta. Quanto à fé religiosa, de fato a fé ou o que se crê não pode ser "provado", todavia, pode-se demonstrar boas razões para se crer naquilo que se crê. É possível saber se condiz com a realidade em si que ela tenha origem uma causa absoluta ou não. É possível comparar Cristianismo e Islamismo do ponto de vista histórico e teológico metafísico etc, a fim de concluir qual possui bases bem assentadas, sendo que as pessoas que não vêem as vantagens de crença de um sistema em detrimento ao outro, dificilmente empreenderam um processo acurado de exame a respeito. Outra coisa é a distinção entre e "saber plenamente a verdade". Ninguém conhece "toda a verdade", ou, não se pode saber toda a verdade a respeito de algo. Santo Tomás de Aquino dizia que o intelecto não pode esgotar a essência de uma mosca sequer. Todavia, é possível saber que . Esta é a conclusão do Realismo Moderado; podemos conhecer a verdade de algo, ainda que de forma limitada, mas sendo tal conhecimento plenamente verdadeiro ou plenamente condizente com a realidade. Obrigado.Joãohttps://www.blogger.com/profile/08377866176772513471noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-86064308302458141672022-08-22T12:49:56.518-03:002022-08-22T12:49:56.518-03:00Olá a todos. Achei excelente o texto sobre o tema ...Olá a todos. Achei excelente o texto sobre o tema verdade absoluta e verdade relativa. Também apreciei a consideração do sr. Bruno que foi bem inteligente e provocativa, além da brilhante resposta dada pelo autor do texto depois. Apenas gostaria, com a devida permissão, de fazer um breve consideração. Não sou a favor de qualquer niilismo epistêmico. O ser humano é capaz do saber e da verdade. Se não o fosse, nossa episteme seria fracassada em diversas instâncias e setores. Mas o que constatamos é que descobriu-se a gravidade e exercem-se cálculos sobre ela, descobriu-se a forma do planeta, a penicilina, utiliza-se a Matemática enquanto ciência exata e que é aplicada à realidade em si, de forma proveitosa, há avanços na Medicina, na Astrofísica, na Engenharia, desenvolveu-se a linguagem formal e objetiva etc. Nada disto seria possível sem termos certos princípios norteadores quanto à verdade do conhecimento em geral. É perfeitamente possível, também, atingir-se a plena evidência e saber a falsidade ou veracidade de opiniões, crenças e proposições. O fato de haver opiniões, crenças e proposições contrárias, não depõe contra o fato de "não se poder" elucidar a veracidade de uma em detrimento de outra. Também não se deve confundir com "realidade". Por exemplo, um falso brinco de ouro pode no entanto ser uma verdadeira bijuteria. Realidade e verdade são coisas distintas. Realidade é a coisa em si em sua existência pura e simples, enquanto que a verdade é algo do , da razão. Mas não uma verdade que seja "só do intelecto ou da mente" (idealismo racionalista) mas sim do intelecto em contato com o objeto, ou seja, com a realidade em si mesma (verdade objetiva). É nesse sentido que um teólogo e filósofo da Igreja (Santo Tomás de Aquino - séc. XIII) afirmou ser a verdade a conformidade ou adequação entre o intelecto e a realidade. Não posso afirmar, ou será uma falsidade fazê-lo, que uma "laranja" seja o mesmo que um "gato". A mente, em contato com a realidade (adequada à ela), pode apreender as diferenças marcantes e pontuais entre uma coisa e outra, compreendendo a natureza de cada uma delas. Joãohttps://www.blogger.com/profile/08377866176772513471noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-66381909458242045742022-07-22T11:12:53.532-03:002022-07-22T11:12:53.532-03:00Professor, o senhor poderia me dizer se é no "...Professor, o senhor poderia me dizer se é no "Sobre o Sentido e a Referência" que Frege apresenta os argumentos da unicidade, da comunicação e da necessidade? E em qual parte da obra?Fábiohttps://www.blogger.com/profile/15099292879056509724noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-87772616766991178442022-06-16T17:33:27.412-03:002022-06-16T17:33:27.412-03:00Fixei: é viciante!Fixei: é viciante!Martz inurahttps://www.blogger.com/profile/06606356695572879358noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-33512883227767120402022-06-10T11:46:11.927-03:002022-06-10T11:46:11.927-03:00Concordo. Mas não apenas nas discussões políticas....Concordo. Mas não apenas nas discussões políticas.Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-89056679410702083952022-06-03T19:13:32.968-03:002022-06-03T19:13:32.968-03:00Esse princípio é o que está faltando nas discussõe...Esse princípio é o que está faltando nas discussões políticas de hoje.PROF. PAULO CORRÊAhttps://www.blogger.com/profile/02799551329295148383noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-32588638565144001092022-05-23T08:50:23.349-03:002022-05-23T08:50:23.349-03:00o conceito de jogo é daqueles cuja definição é imp...o conceito de jogo é daqueles cuja definição é impossível.Helena Serrãohttps://www.blogger.com/profile/00046699037304144542noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-83092127187729451152022-04-30T19:54:45.065-03:002022-04-30T19:54:45.065-03:00Por que só podemos perceber algo usando a linguage...Por que só podemos perceber algo usando a linguagem? As crianças que não adquiriram linguagem não percebem as coisas? Os animais não-humanos que não possuem linguagem não percebem as coisas? E mesmo que essa tese fosse verdadeira, por que ela implica que minha existência poderia ser falsa? É claro que ela poderia, pois eu poderia nunca ter existido. Mas, ela não poderia ser o caso que eu conjecturo sobre minha existência sem existir.Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-12777438572849979512022-04-30T19:48:13.475-03:002022-04-30T19:48:13.475-03:00Racionalismo? O que esse argumento cético tem a ve...Racionalismo? O que esse argumento cético tem a ver com o racionalismo?Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-75468081696177357882022-04-21T03:00:35.650-03:002022-04-21T03:00:35.650-03:00Excelente explicação a respeito de um assunto de g...Excelente explicação a respeito de um assunto de grande importância dentro da filosofia (o racionalismo). Respondendo a pergunta do final do texto: poderíamos sim pensar que o mundo sensível não passa de uma computação gráfica, porém, nunca poderíamos confirmar essa tese, porque para isso seria necessário sair de dentro desse experimento perverso e cruel e vermos o nosso cérebro dentro de uma bacia com líquido e fios elétricos, da mesma forma que só conseguimos ter certeza de que estávamos sonhando a partir do momento em que acordamos e nos enxergamos em cima de uma cama.Igorhttps://www.blogger.com/profile/10516589294518726714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-67510155359079530442022-04-16T13:58:44.522-03:002022-04-16T13:58:44.522-03:00Quero ver vc perceber a sua existência sem fazer u...Quero ver vc perceber a sua existência sem fazer uso da linguagem. Em outras palavras, vc não consegue perceber que existe se vc não usar um idioma para pensar. Logo até a sua existência pode ser falsa.Jasimielhttps://www.blogger.com/profile/15549817915446482624noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-66339742658288831552021-11-16T14:56:05.474-03:002021-11-16T14:56:05.474-03:00Bruno, muito obrigado pelos elogios e pelo seu lon...Bruno, muito obrigado pelos elogios e pelo seu longo comentário. Creio que devo construir minha resposta apontando para três distinções. A primeira é a distinção entre dois usos de "verdade absoluta". Às vezes essa expressão é usada para criticar a atitude de quem mantém crenças de maneira dogmática, sem justificação e sem a disposição de revisá-las, mesmo diante de evidências em contrário. Diz-se coisas do tipo: "Esse sujeito age como se suas crenças fossem verdades absolutas". Mas esse uso pejorativo dessa expressão nada tem a ver com o uso no debate filosófico entre absolutistas e relativistas sobre a verdade. Quando um absolutista diz que a verdade é absoluta, ele não quer dizer que uma vez que tomamos uma proposição como verdadeira, então não devemos mais revisar nossa crença nessa proposição. A tese que a verdade é absoluta não é uma tese epistêmica, sobre nossas crenças, ou sobre nossa justificação, ou sobre o conhecimento. Ela é uma tese semântica, sobre a própria verdade. Ela tampouco é uma tese sobre a essência da verdade, se entendemos essência como o conjunto das condições individualmente necessárias e conjuntamente suficientes para que algo seja verdade. Ela é uma tese sobre a relação entre a verdade e nossos estados epistêmicos: crenças, justificações, conhecimento. A segunda distinção a que me refiro é entre a tese geral de que a verdade é absoluta e a tese particular de que essa ou aquela tese é verdadeira. O absolutismo sobre a verdade é compatível como um ceticismo epistêmico moderado, ou seja, com a dúvida sobre a existência de conhecimento. Moderado, pois o absolutista, claro, acredita saber que a verdade é absoluta. Portanto, tudo que o absolutista precisa é que sua tese sobre a verdade seja verdadeira e justificada, mais nenhuma. Ele não precisa sustentar que as discordâncias sobre outras teses possam ser decididas. Mas como ele justifica a sua tese? Bem, ele a justifica examinando o uso dos termos relevantes, tal como "verdade", "crença", "conhecimento", "justificação". Mas ele também reduz ao absurdo o relativismo sobre a verdade, mostrando que ele possui consequências inaceitáveis. E não creio que o relativista apresente qualquer coisa que se compare à justificação do absolutista. Portanto, não acho que a situação do debate seja que os debatedores estão em pé de igualdade. Por fim, gostaria de distinguir entre a noção de verdade absoluta e a noção de certeza absoluta. Porque a verdade é absoluta, disso não se segue que somente estamos justificados em crer em uma determinada proposição quando temos certeza absoluta sobre sua verdade. Por exemplo: acabei de colocar compras na geladeira e, por isso, estou justificado em crer que essas compras estão lá. Isso significa que sei que ninguém entrou furtivamente no meu apartamento e roubou as compras da geladeira? Não. Não tenho justificação para refutar toda hipótese cética improvável. Mas disso não se segue que a verdade da proposição que acredito não seja absoluta ou que eu não esteja justificado em crer.Alexandre N. Machadohttps://www.blogger.com/profile/03107193450591379549noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-55134317993865610432021-10-28T09:04:21.641-03:002021-10-28T09:04:21.641-03:00CONCLUSÃO DE COMENTÁRIO:
Termino com um exemplo:
...CONCLUSÃO DE COMENTÁRIO:<br /><br />Termino com um exemplo:<br />Imaginemos que algures no Brasil, um pai cristão e crente que a verdade é absoluta, diz ao seu filho para ir estudar a Bíblia porque ela é a verdade absoluta. Ao mesmo tempo, algures no Iémen, um pai muçulmano mas também crente que que a verdade é absoluta, diz ao seu filho para ir estudar o Corão, porque ele é a verdade absoluta.<br />Se a verdade for afinal relativa, ambos os pais estarão certos na sua crença religiosa e ambos enganados na sua crença acerca da verdade. Mas se ambos estão certos relativamente às suas crenças religiosas, então ambos estão enganados, porque a Bíblia e o Corão não podem estar simultâneamente correctos e errados, e temo escrever que a relatividade da verdade implicaria a inexistência ou, no limite, a incongruência de Deus. <br />Por outro lado, se a verdade for absoluta, então ambos os pais estão correctos na sua crença de que a verdade é absoluta, mas pelo menos um deles está errado na sua crença religiosa. Mas novamente, dada a nossa inépcia como espécie racional em provar que uma determinada crença é realmente a verdade, seria necessário que o prório Deus descesse à Terra e esclarecesse qual dos pais, se algum, está correcto. O que coloca de novo em clara evidência que a nossa crença pode ter pouca ou nenhuma relacão com a verdade e que essa mesma verdade pode estar tão inacessível a nós que só uma sapiencia supra-humana, se existir, poderia resolver o paradoxo.<br /><br />No exemplo acima, escolhi propositadamente dois pais com religiões que partilham o mesmo Deus. Se tivesse escolhido um pai cristão e outro, por exemplo, Hindu, nem a descida do Omnisciente à Terra resolveria o paradoxo, porque não haveria sequer concordância entre os pais de que a informação recebida por via divida era a verdade.<br />Creio que a verdade é absoluta, mas não contando com os casos mais triviais, sou impotente para aferir se a minha crença é a verdade. Resta-me então a tolerancia.<br /><br />Bruno Silva<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/16729543028892277031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5610469012525501790.post-32642491881610388312021-10-28T09:04:01.310-03:002021-10-28T09:04:01.310-03:00CONTINUAÇÃO DE COMENTÁRIO 1
Ou seja, o absolutist...CONTINUAÇÃO DE COMENTÁRIO 1<br /><br />Ou seja, o absolutista crê que a verdade é absoluta, mas não pode, nem quer, reclamar a verdade para si. Mas se assim for, o carácter absoluto da verdade é simplesmente a sua crença, tal como o relativista crê que a verdade é relativa. Assim, ambas as posições não passarão de crenças, e ambos os filósofos estarão amarrados às suas crenças enquanto a verdade absoluta acerca desta questão não for conhecida. O relativismo seria então o conformismo com a ideia que que na falta de uma prova inequivoca que que algo é verdade, então todas as crenças são relativas e equivalentes, com todos os paradoxos que isso levanta e que o prof. explanou.<br />Sou forçado então a concluir que aquilo que separa uma crença duma verdade é o acesso à própria verdade, que, novamente, parece não estar ao nosso alcance a não ser nas questões mais triviais. Se assim não fosse, então o debate acerca duma questão tão nuclear para a existência humana como a natureza da verdade não teria correntes divergentes e antagónicas, ambas protagonizadas por intelectuais formados e bem intencionados que não buscam senão a verdade acerca dum tema, neste caso a verdade acerca da verdade.<br />Parece-me então que o absolutista e o relativista são o que são simplesmente como resposta à pergunta: Como saber a verdade?<br />O absolutista acredita (crê) que a verdade é única e absoluta, mas vê-se perante o facto de que, em muitos casos, a verdade lhe está aparentemente vedada. <br />O relativista parece-me contornar esse obstáculo, declarando a questão anterior nula ao argumentar que a verdadade é relativa. Desta forma, dispensa a busca, quiça impossível, por essa verdade única e absoluta que agoniza o absolutista.<br />Ao mesmo tempo, não consigo deixar de pensar (e não encontro a falácia no meu raciocínio), de que mesmo que se conseguisse provar que a verdade é relativa, então teriamos chegado a uma verdade absoluta acerca da verdade. Para que isto não sucedesse, restaria somente ao relativista que o carácter relativo da verdade não fosse demonstrável, salvando-se assim esta ideia acerca da verdade à custa da impossibilidade da sua demonstração.<br />Mas como absolutista, não consigo disfarçar a agonia de não conseguir provar que a minha crença absolutista é a verdade absoluta. Apresento várias hipóteses para isto suceder:<br />Ou o meu (o nosso) intelecto não é suficientemente potente para, de permissa em premissa, conseguir provar a minha tese, ou como civilização ainda não descobrimos as ferramentas de inferência lógica para provar tal tese; ou - pináculo da agonia - a verdade acerca da verdade está simplesmente vedada ao meu intelecto.<br />Sabemos desde há cerca de cem anos, através do teorema de Gödel, que existem proposições verdadeiras que não têm demostração. Poderá a natureza da verdade ser uma delas?<br />Sabemos também que no âmbito da física quântica, por intermédio do princípio de incerteza de Heisenberg, que há medições (aferições acerca da verdade física do universo) que, em pares, nos estão fisicamente vedadas. Poderá a verdade acerca da verdade estar para lá deste manto de incerteza?<br />Se por um lado isto não não ajuda o relativista (porque ele não se interessa), por outro lado afunda ainda mais o absolutista com a prespectiva de que que a sua crença pode nunca vir a transformar-se numa verdade.<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/16729543028892277031noreply@blogger.com